Medicamentos homeopáticos

 

Qual e o seu conhecimento  sobre medicamentos homeopáticos?

Bolinhas de açucar...gotinhas....ah.. ervinhas...Remédios feitos de insetos?Como funciona isso??

Para esclarecer melhor suas dúvidas, vamos entender melhor o que é e  para que serve o medicamento homeopatico..

 

homeopatia - homoios, semelhante; pathos, doença -, é uma terapia criada no século XVIII, por Christian Friedrich Samuel Hahnemann

 

 O médico, químico e pesquisador alemão, Desiludido com a medicina convencional, a abandona e passa a viver das traduções de textos científicos, uma vez que ele era poliglota. As obras traduzidas valeram-lhe de subsídios para pesquisas sobre substâncias diversas, das quais ele extraiu informações abundantes sobre seus atributos farmacológicos e toxicológicos. 

 


Hahnemann realizou várias experiências com estas substâncias em si mesmo, guiado por uma profunda intuição, depois nos parentes e amigos, todos gozando de plena saúde. Prosseguindo suas pesquisas, chega a um princípio fundamental - similia similibus curantur, ou seja, "os semelhantes curam-se pelos semelhantes". Basicamente, esta terapêutica baseia-se na administração de doses mínimas de um medicamento que, em pessoas com o organismo equilibrado, aplicados em porções maiores, provocariam os mesmos sintomas apresentados pelo paciente. 

Assim, por exemplo, a Belladona - Atropa belladona -, quando produz sinais de envenenamento, gera sintomas iguais aos da febre escarlatina, assim ela é adequada para tratar esta enfermidade. Os remédios homeopáticos são elaborados através de um sistema conhecido como dinamização, que permite a dissolução e a agitação da droga em várias etapas. Este procedimento tem como resultado a potência energética da substância, que vem anotada no rótulo, junto ao nome do remédio.

A homeopatia, apesar de ser muito procurada por pessoas já descrentes da Medicina convencional, ainda se encontra exposta à críticas incisivas, que argumentam não encontrar em sua metodologia suficiente consistência científica. Esta terapêutica foi exposta ao público em 1796, após seis longos anos de pesquisas e experiências. Mesmo depois de vir à luz, a homeopatia continuou a ser submetida a testes, estudos e inovações por seu criador. Suas observações, meticulosas e criteriosas, edificaram o alicerce da Homeopatia atual. 

 Hipócrates

 

Acredita-se que os enunciados gerais da homeopatia foram elaborados por Hipócrates há pelo menos 2500 anos. Ele observava exaustivamente os pacientes, analisava o doente, não seus distúrbios, calculava o valor das dificuldades apresentadas por cada pessoa, sempre com muita sinceridade, e tinha muita fé no papel do médico como assessor das forças naturais do organismo, com o objetivo de conquistar o equilíbrio e, portanto, a saúde.

É também de Hipócrates os dois postulados fundamentais da homeopatia: similia similibus curantur e Contraria contrariis curantur- Contrários são curados por contrários.

No Brasil a homeopatia chegou em 1840, pelas mãos do médico francês Dr. Benoit Jules  

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Como é preparado um medicamento homeopatico?

 

Os medicamentos homeopáticos são preparados a partir de substâncias pertencentes aos três reinos da natureza: vegetal, animal e mineral.
O reino vegetal origina a maioria dos medicamentos homeopáticos, o que contribui para confundir a homeopatia com a fitoterapia, ou terapêutica pelas plantas (chás). Em geral se utilizam plantas selvagens recolhidas em seus habitats naturais, apresentando o máximo de crescimento e frescor, diferentemente das preparações alopáticas, que usualmente se valem de plantas dessecadas resultantes de cultivo artificial. Atropa belladonna (beladona), Opium (ópio), Allium cepa (cebola), Coffea cruda (café), são exemplos de medicamentos homeopáticos vegetais (note que todos os medicamentos homeopáticos são identificados com o nome científico da planta ou do animal em latim, ou o correspondente nome latino do mineral, o que torna facilmente identificável o medicamento em qualquer parte do mundo).
Do reino animal a homeopatia prepara medicamentos usando quer os animais inteiros, como Apis mellifica (abelha), Formica rufa (formiga vermelha), Cantharis (cantárida), quer produtos fisiológicos como secreções, venenos de cobras (como Lachesis muta, preparado do veneno da surucucu) ou produtos patológicos, constituindo os nosódios (como Tuberculinum, Medorrhinum, Psorinum, Syphilinnum, entre outros).
No reino mineral, utilizam-se as substâncias puros como Aurum (ouro), Sulphur (enxofre), Phosphorus (fósforo) e suas preparações orgânicas e inorgânicas (como Arsenicum album - arsênico - ou o Natrum muriaticum, o popular sal de cozinha) ou então produtos sintéticos como o Phenobarbitallum (fenobarbital, medicamento anti-convulsivante), Salicylicum acidum (ácido salicílico, analgésico e antitérmico), ao lado de algumas preparações homeopáticas complexas, como Causticum e Hepar sulphur. Contrariamente ao que habitualmente se pensa, os medicamentos de origem mineral são os de ação mais profunda e duradoura.
Ao lado dos medicamentos ditos homeopáticos, queremos chamar a atenção para um grupo de medicamentos que, apesar de preparados a partir de extratos de órgãos animais diluídos e dinamizados segundo a farmacotécnica homeopática, não são verdadeiramente homeopáticos: são os chamados organoterápicos, como o Thyroidinum, Hypothalamum e outros. A sua atividade, se realmente ocorre, não se faz de acordo com o princípio da semelhança, pois não se realizam experimentações conclusivas dos seus efeitos no homem são. Se fosse suficiente uma diluição de fígado para curar todos os distúrbios hepáticos, de cérebro para a cura dos deficientes mentais, a terapêutica médica
seria uma grande lista de receitas de bolo! E muito menos a homeopatia, com a sua marca característica de individualizar cada pessoa com a sua doença.



 

PREPARAÇÃO

A preparação do medicamento homeopático obedece a normas precisa e definidas pelas diversas farmacopéias (tratados sobre a composição e preparação de medicamentos) homeopáticas, a partir das orientações básicas enunciadas por Hahnemann já em 1810, na primeira edição do Organon. No Brasil, a Farmacopéia Homeopática Brasileira foi oficializada pelo Governo Federal através do Decreto nº 78.841, de 25.11.76, e revista e complementada em 1977 pelo Ministério da Saúde.
Resumidamente, a preparação do medicamento homeopático se processa em duas etapas, diluição e dinamização, que conferem a potência de cada medicamento. A etapa de diluição (ou trituração em lactose, para as substâncias insolúveis em água ou no álcool) consiste em dissolver uma quantidade da 0substância pura medicamentosa em quantidades determinadas de cada veículo (1:10 na escala decimal e 1:100 na escala centesimal, a mais usada). O veículo mais empregado consiste numa solução de água e álcool, comumente numa diluição de 70%. A etapa de dinamização consiste numa seqüência de 100 movimentos verticais de agitação da mistura, ou sucussões, que conferem a cada preparação diluída uma potência específica.
Assim, se você receber uma prescrição de Natrum muriaticum C30, deve saber que vai tomar uma potência trigésima centesimal do sal de cozinha, ou seja, uma diluição 1:100 trinta vezes de 1 g do cloreto de sódio marinho. Se a prescrição fosse Natrum muriaticum D30 (ou 30X) você estaria tomando um remédio diluído de 1:10 trinta vezes, na potência trigésima decimal.

APRESENTAÇÃO

As triturações, as tinturas-mães (resultantes de ação extrativa, por contato prolongado, do veículo alcoólico sobre o fármaco vegetal ou animal) e as diluições são as preparações fundamentais. Constituem etapas básicas na preparação das formas farmacêuticas aviadas aos pacientes.
O medicamento homeopático é absorvido por via sublingual, o que torna a sua administração bastante facilitada. Além da apresentação sob a forma de pós (os chamados "papéis"), comprimidos, tabletes e sob a forma líquida, a homeopatia dispõe de uma forma exclusiva de apresentação especialmente atraente e prática: os glóbulos, pequenas bolinhas constituídas de sacarose ou de uma mistura de sacarose com lactose. Os glóbulos são impregnados deixando-os em contato com a diluição da potência pretendida, tomando a designação da diluição em que foram embebidos. Por exemplo, glóbulos etiquetados de Belladonna C6 impregnados com uma sexta diluição centesimal alcoólica de Atropa belladonna.

COMERCIALIZAÇÃO

No Brasil, existem várias normas legais que regulamentam a produção e comercialização de medicamentos homeopáticos. De acordo com a lei, a farmácia homeopática só poderá manipular fórmulas oficinais e magistrais, obedecida a farmacotécnica homeopática. As farmácias devem funcionar sob a responsabilidade de um farmacêutico com especialização em homeopatia.
Existem várias categorias de remédios homeopáticos. Em linhas gerais, podemos falar de preparações homeopáticas unitárias e complexas. As preparações homeopáticas unitárias contêm um só medicamento em sua composição (tal como Apis mel. C6), enquanto as preparações homeopáticas complexas (popularmente conhecidas como "complexos" ou "específicos" homeopáticos) constituem-se numa mistura de diferentes medicamentos homeopáticos, em idênticas ou diferentes potências. A formulação abaixo é um exemplo de uma formulação homeopática complexa: